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'A Maldição do Espelho': Produção russa esbarra em roteiro fraco | 2020

NOTA 4.0

Por Sérgio Ghesti @meuhype

A expansão dos blockbusters russos cada vez mais rompem suas fronteiras e são a pura representação de um modo de produção que se assemelha com o modo de fazer cinema americano - um padrão pouco inventivo e uma estrutura comum de execução com poucos atrativos. A produção tem certa qualidade na improvisação do baixo orçamento porém o roteiro deixa a desejar principalmente pela excessiva simplicidade. 


O filme é a sequência do terror 'A Dama do Espelho: O Ritual das Trevas', de 2015. A produção original teve roteiro e direção de Svyatoslav Podgaevskiy e mesmo com um orçamento modesto foi um dos destaques no ano de seu lançamento. Nesse meio tempo outras produções de terror russo chegaram aos cinemas do Brasil, como 'A Noiva' (2017) e 'Sereia' (2018), mas nenhum deles teve êxito em suas realizações. Não será dessa vez que o cinema de terror russo irá engrenar.

A trama conta a história de um grupo de adolescentes órfãos  que moram em um internato onde acabam descobrindo em um porão, um misterioso espelho que é o canal com um fantasma: a Rainha de Espadas, cuja história foca em torno dessa lenda onde uma mulher chegou a matar 19 crianças em apenas dois anos. Essa criatura cruel mora dentro de um espelho e por meio de um ritual ela atende seus desejos com consequências horríveis. A adolescente Olga (Angelina Strechina) e seu meio-irmão mais novo Artyom (Daniil Izotov) são os protagonistas da história e vivem também o drama de terem sobrevivido a um acidente de carro que reivindicou a vida de sua mãe e causou a ida dos mesmos ao orfanato amaldiçoado. 

Para piorar o que já não é tão criativo, a versão do filme distribuída no Brasil é dublada em inglês, assim como em outros filmes russos que chegaram por aqui pela Paris Filmes, é uma escolha bastante equivocada e de qualidade duvidosa afetando bastante a interpretação dos atores e tornando o filme caricato. A produção não apresenta qualquer novidade para o gênero e ainda usa o famoso clichê de adolescentes em perigo por invocarem fantasmas, sem qualquer tensão. Mesmo com uma fotografia interessante, a história não assusta e se perde num enredo super previsível.


Nem Vale Ver !


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