Leveza excessiva torna "Tarde Para Morrer Jovem" superficial | 2020
NOTA 6.5
Por Rafael Yonamine @cinemacrica
Os momentos iniciais preocupam-se apenas com o campo das impressões. Na realidade, pode-se dizer que o recurso da superficialidade observacional avança por toda a obra, em alguma medida. "Tarde Para Morrer Jovem" segue o tipo de construção que não se abre, a contextualização depende em grande parte da leitura de sinais. A precisão temporal, por exemplo, não é de fácil categorização. Assim também o é a assertividade geográfica. A inferência nos remete a algumas décadas atrás, o aparente contexto social é de uma comunidade que optou por migrar dos grandes centros para habitar o campo.
Há notável êxito em transpor para a tela a experiência sensorial sobre o que é viver numa comunidade bucólica. Mas, a proposta de percorrer individualidades sem profundidade subtraem muito do mérito de tornar a vivência comunitária palpável. O roteiro percorre uma grande superfÃcie, apalpando-a sem exercer pressão satisfatória. Há morosidade em identificar questões centrais e, mesmo quando isso é feito, a tratativa é demasiadamente leviana.
Vale Ver Mas Nem Tanto !
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