'A Arte da Autodefesa' é comédia cult com tom debochado | 2019
NOTA 8.5
Por Rogério Machado
Não há como negar o tom super ácido de crítica no novo filme de Riley Sterns ('Faults' -2014). 'A Arte da Auto-Defesa' , que não passou pelos cinemas no Brasil, é mais um bom exemplo do cinema Indie, mas aqui com algo a dizer: ao tirar sarro da indústria de armas, e junto ao tema , acrescentar violência gratuita, machismo e masculinidade posta em cheque, o longa se torna uma conjugação de temas urgentes que interagem bem e funcionam harmonicamente, resultando num filme altamente político, mas ao mesmo tempo despretensioso.
Na história, Casey (Jesse Eisenberg) é um pacato contador que dá expediente numa empresa onde é desprezado pelos amigos de trabalho. Certo dia, ele é atacado e espancado por um desconhecido na rua; e é nesse momento que ele decide entrar para um dojô local liderado por um carismático e misterioso Sensei (Alessandro Nivola) para aprender a se defender. Casey entra numa jornada tanto assustadora quanto engraçada, que o colocará diretamente nas vistas de seu novo e enigmático mentor, descobrindo um estranho mundo de fraternidade, violência, hiper-masculinidade e de uma mulher (Imogen Poots) que luta para conquistar o seu lugar.
Sterns não economiza no deboche: 'Armas são para os fracos'! Uma frase que reincide ao longo da trama, reafirma o tom escrachado de crítica à indústria armamentista, revelando em determinada sequência como é fácil adquirir uma arma nos E.U.A. A banalização da vida chega a ser mesmo uma piada, que aqui é levada a níveis indigestos, apesar de ser um filme marcado pelo caricato.
Aliado à isso, o roteiro usa e abusa da discussão ao nos dizer como a masculinidade pode ser tóxica, sem o mínimo de controle e nexo. É bem verdade que o filme perde no segundo ato o característico humor, passando a assumir traços de suspense em tonalidades mais obscuras, o que é uma pena, mas ainda sim, por todo alto nível da primeira metade, assim como as boas lições deixadas sobre violência e força, 'The Art of Self-Defense' (no original), se torna um exemplo diferenciado no gênero. É criativo e original, apesar de ceder ao apelo do mistério sem necessidade alguma.
Vale Ver !
Sterns não economiza no deboche: 'Armas são para os fracos'! Uma frase que reincide ao longo da trama, reafirma o tom escrachado de crítica à indústria armamentista, revelando em determinada sequência como é fácil adquirir uma arma nos E.U.A. A banalização da vida chega a ser mesmo uma piada, que aqui é levada a níveis indigestos, apesar de ser um filme marcado pelo caricato.
Aliado à isso, o roteiro usa e abusa da discussão ao nos dizer como a masculinidade pode ser tóxica, sem o mínimo de controle e nexo. É bem verdade que o filme perde no segundo ato o característico humor, passando a assumir traços de suspense em tonalidades mais obscuras, o que é uma pena, mas ainda sim, por todo alto nível da primeira metade, assim como as boas lições deixadas sobre violência e força, 'The Art of Self-Defense' (no original), se torna um exemplo diferenciado no gênero. É criativo e original, apesar de ceder ao apelo do mistério sem necessidade alguma.
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