'Jonas' : drama gay discute a busca por si mesmo em meio a culpa | 2020
NOTA 8.0
Por Sérgio Ghesti @meuhype
Muito mais que mostrar um futuro melancólico de um homossexual perdido em sua própria vida, a delicada produção 'Jonas', disponÃvel na Netflix, mapeia o que seria uma adolescência construÃda sem nenhum suporte a um jovem gay, seja no cÃrculo familiar, entre os amigos ou na escola. O passado do personagem, que se passa nos anos 90, foi uma época fechada em que gays tinham variados rótulos, como de pessoas alternativas, rebeldes, ou até serem motivo de chacota para héteros curiosos - tudo isso com referências legais sobre esse perÃodo, como jogar Game Boy, ver filmes do Ãcone alternativo Gregg Araki ou mesmo fazer coisas escondidas.
Quando a história se passa no presente é a pura representação da falta de laços afetivos e a facilidade de encontros casuais. Quem geralmente acusa LGBTS por possuÃrem problemas psicológicos, se esquece que a criação heteronormativa da famÃlia geralmente não sabe como lidar com uma pessoa assim em seu cÃrculo, muito pelo preconceito ou as vezes até pela falta de convivência com a diversidade. Atualmente tudo já evoluiu um pouco, e é interessante observar isso no filme, como é importante pais modernos estarem mais conectados com a realidade dos filhos. Em muitas vezes, a falta de acolhimento nessa principal fase da vida, onde surgem as descobertas e o amadurecimento, podem gerar traumas e ser reflexo de uma vida adulta confusa e perdida.
Abordar isso poderia ser cansativo dependendo do caminho, contudo a escolha do diretor novato Christophe Charrier, é por um drama simples que ele controla de maneira eficaz com tons misteriosos, que faz sua curta duração passar com fluidez e suas sutilezas serem claras e expostas: são dois lados bem explorados, onde o presente e o passado se confundem na realidade do personagem principal.
Na trama, Jonas (Félix Maritaud) está sofrendo preso aos fantasmas de seu passado. Mas as reminiscências desse passado que o assombram vêm à tona cada vez mais e gradualmente atraem o rosto de uma criança solitária de quinze anos - com as caracterÃsticas do jovem ator Nicolas Bauwens -, cercado por pais amorosos mas confuso de suas convicções e descobrindo sua sexualidade. Seu passado e presente se misturam em um drama sobre feridas que ficam expostas para a vida toda.
O filme foi premiado no Festival de la Ficção de la Rochelle em 2018 (Melhor Filme de TV, Melhor Diretor e Melhor Música) despertando o interesse da Netflix na distribuição internacional. Uma boa sacada da plataforma de streaming. Ainda que mais uma vez a produção caia no clichê de filme gay com história triste, quando Jonas vive uma paixão adolescente com o rebelde e livre Nathan (encarnado por Tommy-Lee Baik), o jovem reforça quem ele é, mesmo que as consequências de sua culpa resultem em um futuro desolador, aliviado por um final agridoce. Destaque para o elenco e a bela música original de Alex Beaupain.
Quando a história se passa no presente é a pura representação da falta de laços afetivos e a facilidade de encontros casuais. Quem geralmente acusa LGBTS por possuÃrem problemas psicológicos, se esquece que a criação heteronormativa da famÃlia geralmente não sabe como lidar com uma pessoa assim em seu cÃrculo, muito pelo preconceito ou as vezes até pela falta de convivência com a diversidade. Atualmente tudo já evoluiu um pouco, e é interessante observar isso no filme, como é importante pais modernos estarem mais conectados com a realidade dos filhos. Em muitas vezes, a falta de acolhimento nessa principal fase da vida, onde surgem as descobertas e o amadurecimento, podem gerar traumas e ser reflexo de uma vida adulta confusa e perdida.
Abordar isso poderia ser cansativo dependendo do caminho, contudo a escolha do diretor novato Christophe Charrier, é por um drama simples que ele controla de maneira eficaz com tons misteriosos, que faz sua curta duração passar com fluidez e suas sutilezas serem claras e expostas: são dois lados bem explorados, onde o presente e o passado se confundem na realidade do personagem principal.
Na trama, Jonas (Félix Maritaud) está sofrendo preso aos fantasmas de seu passado. Mas as reminiscências desse passado que o assombram vêm à tona cada vez mais e gradualmente atraem o rosto de uma criança solitária de quinze anos - com as caracterÃsticas do jovem ator Nicolas Bauwens -, cercado por pais amorosos mas confuso de suas convicções e descobrindo sua sexualidade. Seu passado e presente se misturam em um drama sobre feridas que ficam expostas para a vida toda.
O filme foi premiado no Festival de la Ficção de la Rochelle em 2018 (Melhor Filme de TV, Melhor Diretor e Melhor Música) despertando o interesse da Netflix na distribuição internacional. Uma boa sacada da plataforma de streaming. Ainda que mais uma vez a produção caia no clichê de filme gay com história triste, quando Jonas vive uma paixão adolescente com o rebelde e livre Nathan (encarnado por Tommy-Lee Baik), o jovem reforça quem ele é, mesmo que as consequências de sua culpa resultem em um futuro desolador, aliviado por um final agridoce. Destaque para o elenco e a bela música original de Alex Beaupain.
Vale Ver !
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