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'Um Amor, Mil Casamentos' é comédia romântica despretensiosa e leve , boa para tempos difíceis | 2020

NOTA 6.5

Por Karina Massud @cinemassud


Comédia romântica é um gênero igual à pizza pois “mesmo quando é ruim é bom”, e a Netflix tem se mostrado uma fabriqueta desses filmes de todos os subtipos: teen, inspirador, para o público maduro, etc. “Um Amor, Mil Casamentos” é o mais novo lançamento do serviço de streaming (já entre os top 10 mais vistos), uma comédia de erros que explora as várias versões de (des)encontros, amores e armadilhas, tudo fruto do acaso visto que a vida brinca com todos os planos que fazemos.


Jack (Sam Claflin, de “Como Eu Era antes de Você) conhece Dina  ( a lindíssima Olivia Munn) em Roma; eles estão claramente encantados um pelo outro mas na hora do beijo de arrepiar, o destino atrapalha (e a covardia do protagonista também, ele é bem sem atitude a trama toda). Eles se separam e fica a frustração do “que foi sem nunca ter sido” (que todos já sentiram e é horrível!). Só que alguns anos depois a vida dá outra chance a eles: Hayley (Eleanor Tomlinson), a irmã de Jack, vai se casar e Dina é uma das convidadas. No entanto temos duas pessoas dispostas a arruinar o casamento: Amanda, a ex de Jack (Freida Pinto de “Quem Quer Ser Um Milionário?”) e Marc (Jack Farthing), o maluco e drogado ex de sua irmã. Um “boa noite Cinderela” é a solução encontrada por Hayley para salvar a cerimônia, mas tudo dá muito errado e a confusão começa – mal-entendido que a narradora da história já tinha previsto.

Apesar do elenco estrelar, quem se destaca e faz rir são dois coadjuvantes: Bryan, o “madrinho” da noiva, aspirante a ator que tenta de todo jeito se apresentar para um diretor famoso que está na festa, mas ele toma a taça com o sonífero rendendo cenas bem engraçadas; e Sidney, o tiozão chato ruim de paquera que usa kilt escocês porque acha cool e não por ser escocês. Cenas bobas que proporcionam risos discretos, mas isso não importa porque precisamos rir seja como for!

Passeamos pelos belos cenários da vila italiana onde o casamento é realizado, decoração luxuosa, gente bonita e belos figurinos – pontos positivos do filme. “Um Amor, Mil Casamentos” tinha o potencial para ser, quem sabe, um novo “Quatro Casamentos e Um Funeral” mas não conseguiu tal feito porque não se aprofundou nos personagens divertidos e deixou as variações da história (que não chegam a mil, como o título nacional sugere) apressadas e concentradas no finalzinho da trama, o que decepciona e deixa um gostinho de quero mais.


Vale Ver Mas Nem Tanto !


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