'365 Dias' : filme erótico tem cenas quentes entre os protagonistas, romantiza relação tóxica e valoriza esteriótipos | 2020
NOTA 4.0
O filme baseado no livro de estreia da escritora Blanka Lipinska, dominou o mercado dos romances eróticos na Europa, logo, a história ganhou força para uma adaptação no cinema. Sem muito alarde no Brasil, '365 Dias', ou no original 365 DNI, é quase uma resposta europeia para o sucesso de 'Cinquenta Tons de Cinza', só que bem mais erótico. Sem passar pelos cinemas brasileiros antes da crise do Covid-19, o filme ganhou distribuição internacional pela Netflix e logo deve se tornar um hit na plataforma. O enredo é calculado para conquistar o grande público, com belos cenários, culto ao materialismo além da incontestável beleza do casal de protagonistas em cenas sensuais. O tom novelesco da trama é recheada de polêmicas, como colocar os holofotes sobre o sadomasoquismo e induzir autoritarismo e machismo sobre uma relação. Sem sutilezas, o filme transita nas piores soluções para justificar cortes estranhos e uma história que se sustenta na curiosidade.
Na história, Laura Bielsai (Anna Maria Sieklucka) é uma diretora de vendas de um hotel de luxo que sai de férias na Sicília com o namorado e amigos. No segundo dia de viagem, em seu aniversário de 29 anos, Laura é misteriosamente sequestrada por Massimo Torricelli (Michele Morrone), um jovem que assumiu a máfia siciliana após a morte de seu pai. Com um passado marcado pela violência, o mafioso mantém Laura em cativeiro usando métodos eróticos, e lhe dá 365 dias para se apaixonar por ele.
Não precisa ser um gênio para adivinhar os percalços dessa relação tortuosa: mesmo tentando fugir do melodrama, os conflitos tem valores exagerados e deixa tudo distante da realidade. A protagonista, Anna Maria Sieklucka, é uma atriz polonesa de 27 anos que está em seu primeiro grande trabalho. Já o italiano Michele Morrone, de 29 anos, já atuou em pequenas produções e chama a atenção pelo status de galã. Uma boa chance para ambos decolarem na carreira internacional com o empurrão da Netflix.
Não precisa ser um gênio para adivinhar os percalços dessa relação tortuosa: mesmo tentando fugir do melodrama, os conflitos tem valores exagerados e deixa tudo distante da realidade. A protagonista, Anna Maria Sieklucka, é uma atriz polonesa de 27 anos que está em seu primeiro grande trabalho. Já o italiano Michele Morrone, de 29 anos, já atuou em pequenas produções e chama a atenção pelo status de galã. Uma boa chance para ambos decolarem na carreira internacional com o empurrão da Netflix.
Sem uma sustentação inteligente, principalmente do ponto de vista cinematográfico, o longa muitas vezes se torna risível e mal executado, ainda assim, de alguma maneira, os personagens dão um certo charme para quem só deseja um momento de distração ou não tem acesso à pornografia. Sua maior problemática é não ressaltar suas qualidades, como a relação de Massimo com a máfia ou as cenas de sexo tentadoras que se perdem sem nenhuma paixão e intimidade entre os personagens. No fim das contas, transforma uma situação confusa em algo romântico, sexy e complicado de acompanhar. Os corpos nus são usados para compensar o romance desconfortável e justificar seu marketing sexista.
Nem Vale Ver !
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