Dica do Papo: 'A Vida de Uma Mulher' | 2017
Por Rogério Machado
Fora toda a explicação cientÃfica que se faça a respeito do termo 'resiliência', me chama atenção, trazendo para a psicologia, que a palavra traga consigo o forte significado que é a capacidade de se recuperar de situações de crise e aprender com elas. Em 'A Vida de uma Mulher', um dos destaques da programação on line do Festival Varilux disponÃvel no Looke, os múltiplos significados da palavra se encaixam perfeitamente se tivéssemos que atribuir uma só qualidade a protagonista vivida brilhantemente pela atriz Judith Chemla.
Na história conheceremos Jeanne (Chemla). Ela volta para casa após completar os estudos e passa a ajudar seus pais zelosos e companheiros nas tarefas do campo. Certo dia o visconde Julien de Lamare (Swann Arlaud) aparece nas redondezas e logo conquista o coração da jovem, que, encantada, com ele se casa e vai morar. Conforme o tempo avança Julien se mostra infiel, avarento e nada companheiro, o que vai minando a alegria de viver da antes amorosa e otimista Jeanne. Contudo, mesmo com todos os sérios dilemas recorrentes da relação, ela engravida e dá luz a Paul (Finnegan Oldfield), que vem a se tornar pra ela o centro de todas as atenções e por quem nutre uma devoção inquietante.
Baseado no romance “Uma Vida”, de Guy de Maupassant, o filme não investe muito na crÃtica social assim como a obra original. Instituições como a igreja, escola e o casamento apareçam como nocivos e hipócritas, mas com o foco tão concentrado nos sentimentos de Jeanne, o que se vê melhor é a maneira como ela lida com cada desilusão que tem que enfrentar.
Na abertura desse texto falei da resiliência da personagem central. Na prática ela não administra emocionalmente todas as situações: aqui entramos num campo minado , a maternidade. A vida dessa mulher perde a direção quando o assunto é seu filho e isso é um ponto interessante a ser ressaltado sobre a obra e sua heroÃna: a vida não é perfeita e não estar sempre em uma linha reta é normal...se perder é inerente ao caminhar - como diria o próprio Guy de Maupassant: “A vida não é tão boa nem tão má como as pessoas julgam”.
Baseado no romance “Uma Vida”, de Guy de Maupassant, o filme não investe muito na crÃtica social assim como a obra original. Instituições como a igreja, escola e o casamento apareçam como nocivos e hipócritas, mas com o foco tão concentrado nos sentimentos de Jeanne, o que se vê melhor é a maneira como ela lida com cada desilusão que tem que enfrentar.
Na abertura desse texto falei da resiliência da personagem central. Na prática ela não administra emocionalmente todas as situações: aqui entramos num campo minado , a maternidade. A vida dessa mulher perde a direção quando o assunto é seu filho e isso é um ponto interessante a ser ressaltado sobre a obra e sua heroÃna: a vida não é perfeita e não estar sempre em uma linha reta é normal...se perder é inerente ao caminhar - como diria o próprio Guy de Maupassant: “A vida não é tão boa nem tão má como as pessoas julgam”.
Jeanne não é exatamente uma mulher à frente de seu tempo ou revolucionária, ela é apenas uma mulher comum ,mas quando algo acontece (de bom ou de ruim) ela deixa transparecer que alguma coisa muda dentro dela, e se alguma coisa muda dentro de uma mulher, essa coisa muda o mundo.
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