Dica Telecine : 'Ensina-me a Viver' | 1971
Por Rogério Machado
A desconstrução dos esteriótipos que se fazem sobre relações afetivas é o principal ponto a ser observado em 'Ensina-me a Viver', filme de Hal Ashby, que é baseado num roteiro que foi lançado como romance por Collin Higgins. A obra teve diversas adaptações, dentre elas, uma para a TV e outras três para o teatro, ganhando, inclusive, uma versão brasileira com a atriz Glória Menezes no papel de Maude, que aqui é vivida brilhantemente por Ruth Gordon.
A desconstrução dos esteriótipos que se fazem sobre relações afetivas é o principal ponto a ser observado em 'Ensina-me a Viver', filme de Hal Ashby, que é baseado num roteiro que foi lançado como romance por Collin Higgins. A obra teve diversas adaptações, dentre elas, uma para a TV e outras três para o teatro, ganhando, inclusive, uma versão brasileira com a atriz Glória Menezes no papel de Maude, que aqui é vivida brilhantemente por Ruth Gordon.
Na história conheceremos Harold (Bud Cort), um rapaz de 20 anos, rico e mimado por uma mãe fútil que é tão fria quanto sua vontade de viver a vida. Ele tem obsessão pela morte e passa seu tempo indo a funerais e simulando suicÃdios de diversas formas diferentes. É entre um funeral e outro que um dia Harold conhece Maude (Gordon), uma senhora de 79 anos com atitudes inconsequentes, mas ao mesmo tempo apaixonada pela vida. Eles passam muito tempo juntos e, durante esta intensa convivência, ela o apresenta a beleza da existência.
'Ensina-me a Viver', claro, vai ainda mais além de um drama que discute comportamento. Além de promover a quebra de paradigmas e de preconceitos, o filme também nos diz sobre os sentimentos que transitam entre a vida e a morte, e isso de um modo que conjuga com maestria comédia e drama, numa pegada que não permite que um gênero invada o outro...o equilÃbrio é patente. Nesse passo, a trama avança sem subestimar a inteligência do público, enquanto também respeita o tempo para que compreendamos (com carinho) o que se passa entre esses dois seres tão diferentes, mas que tinham um grande magnetismo.
Se existe um traço que se torna a marca registrada de 'Ensina-me a Viver' , essa seria a trilha sonora. Composta pelo então Cat Stevens (depois de se converter ao islamismo, passou a utilizar o nome Yusuf Islam), as músicas do filme se encaixam perfeitamente ao enredo, quase como se ajudasse a conduzir a trama. Leves e alegres elas transmitem a essência da história , e completam imensamente os diálogos inspiradores entre Maude e Harold.
O longa está disponÃvel no streaming do Telecine, e se eu fosse você , acaso ainda não tenho tido a chance, corria logo pra ver.
'Ensina-me a Viver', claro, vai ainda mais além de um drama que discute comportamento. Além de promover a quebra de paradigmas e de preconceitos, o filme também nos diz sobre os sentimentos que transitam entre a vida e a morte, e isso de um modo que conjuga com maestria comédia e drama, numa pegada que não permite que um gênero invada o outro...o equilÃbrio é patente. Nesse passo, a trama avança sem subestimar a inteligência do público, enquanto também respeita o tempo para que compreendamos (com carinho) o que se passa entre esses dois seres tão diferentes, mas que tinham um grande magnetismo.
Se existe um traço que se torna a marca registrada de 'Ensina-me a Viver' , essa seria a trilha sonora. Composta pelo então Cat Stevens (depois de se converter ao islamismo, passou a utilizar o nome Yusuf Islam), as músicas do filme se encaixam perfeitamente ao enredo, quase como se ajudasse a conduzir a trama. Leves e alegres elas transmitem a essência da história , e completam imensamente os diálogos inspiradores entre Maude e Harold.
O longa está disponÃvel no streaming do Telecine, e se eu fosse você , acaso ainda não tenho tido a chance, corria logo pra ver.
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