'La Belle Époque' homenageia o cinema enquanto resgata um amor de 40 anos | 2020
NOTA 9.0
Por Rogério Machado
O jovem cineasta francês Nicolas Bedos está apenas no seu segundo filme. O primeiro, o qual também esteve à frente das câmeras, 'Monsieur e Madame Adelman' (2016), foi unanimidade de crítica e público, tamanho frescor ao abordar uma relação duradoura. Em seu segundo filme, destaque em Cannes 2019, ele mais um vez surpreende nos trazendo uma história deliciosa e criativa, talvez não coincidentemente, também sobre pessoas e relacionamentos.
Na história Daniel Auteuil é Victor, um sexagenário desiludido com o casamento em crise e por não ter lugar no competitivo mundo moderno do entretenimento. Quando ele conhece Antoine (Guillaume Canet), um empreendedor de sucesso, que o sugere uma atração de parque de diversões diferenciada, que une encenação teatral com recriação histórica, sua vida vira de cabeça para baixo. Victor decide então reviver o que ele considera a semana mais memorável de sua vida, na qual, 40 anos atrás, ele conheceu Marianne (Fanny Ardant), o grande amor de sua vida.
Encaremos o filme de Bedos, como uma máquina do tempo a que nossos personagens de submetem para reviver bons momentos e possivelmente resgatar sentimentos que foram se perdendo com o desgaste do dia a dia. Victor não só encara o desafio de ter seu casamento de volta como também recuperar a auto estima de quando ainda era um requisitado cartunista, que deixou a carreira ser engolida por não se adaptar aos novos formatos que chegaram com a tecnologia. Os anos em questão são os anos 70, representados com exuberância, cores e trilha refinada com pérolas setentistas.
O roteiro, também de Bedos, nem é o trunfo infalível do filme, como acontece no seu trabalho anterior, mas sim a capacidade de desenvolver uma ideia com o brilhantismo de grandes obras. 'La Belle Époque' bebe de referências do cinema mundial e ao mesmo tempo é uma bela homenagem às produções audiovisuais, com a fábrica de sonho se desenvolvendo bem ali na nossa frente, assim como a troca de cenários, a entrada e saída de figuração, a inserção da luz e da trilha sonora na feitura de uma produção.
Enquanto constrói dentro de uma narrativa super inventiva seus préstimos às artes, o longa acima de tudo nos conta sobre parar para olhar as pequenas qualidades do outro e não só os defeitos, como superar os desafios dos anos numa relação e então colocar o sentimento em primeiro lugar. Enfim, com 'La Belle Époque' a estrela de Nicolas Bedos continua brilhando... e que continue assim.
Super Vale Ver !
Encaremos o filme de Bedos, como uma máquina do tempo a que nossos personagens de submetem para reviver bons momentos e possivelmente resgatar sentimentos que foram se perdendo com o desgaste do dia a dia. Victor não só encara o desafio de ter seu casamento de volta como também recuperar a auto estima de quando ainda era um requisitado cartunista, que deixou a carreira ser engolida por não se adaptar aos novos formatos que chegaram com a tecnologia. Os anos em questão são os anos 70, representados com exuberância, cores e trilha refinada com pérolas setentistas.
O roteiro, também de Bedos, nem é o trunfo infalível do filme, como acontece no seu trabalho anterior, mas sim a capacidade de desenvolver uma ideia com o brilhantismo de grandes obras. 'La Belle Époque' bebe de referências do cinema mundial e ao mesmo tempo é uma bela homenagem às produções audiovisuais, com a fábrica de sonho se desenvolvendo bem ali na nossa frente, assim como a troca de cenários, a entrada e saída de figuração, a inserção da luz e da trilha sonora na feitura de uma produção.
Enquanto constrói dentro de uma narrativa super inventiva seus préstimos às artes, o longa acima de tudo nos conta sobre parar para olhar as pequenas qualidades do outro e não só os defeitos, como superar os desafios dos anos numa relação e então colocar o sentimento em primeiro lugar. Enfim, com 'La Belle Époque' a estrela de Nicolas Bedos continua brilhando... e que continue assim.
Super Vale Ver !
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