'Ava' é trama repleta de clichês com elenco estelar | 2020
NOTA 6.5
Por Rogério Machado
Ava é uma mulher atormentada por um passado de dor que passa por uma família disfuncional e o alcoolismo que a fez chegar até ao fundo do poço, para então encontrar a saída numa atividade perigosa e de cunho duvidoso. A personagem tem todos os ingredientes de uma figura recorrente no cinema de ação, e pode funcionar como isca para quem só procura diversão descompromissada. 'Ava' não se envergonha do festival de clichês que promove em torno de sua protagonista, mas esse nem chega a ser o problema desse thriller que ainda segue sem previsão de estreia oficial por aqui.
Ava é uma mulher atormentada por um passado de dor que passa por uma família disfuncional e o alcoolismo que a fez chegar até ao fundo do poço, para então encontrar a saída numa atividade perigosa e de cunho duvidoso. A personagem tem todos os ingredientes de uma figura recorrente no cinema de ação, e pode funcionar como isca para quem só procura diversão descompromissada. 'Ava' não se envergonha do festival de clichês que promove em torno de sua protagonista, mas esse nem chega a ser o problema desse thriller que ainda segue sem previsão de estreia oficial por aqui.
Na trama Jessica Chastain é a Ava do título, uma assassina profissional que trabalha há anos para uma organização especializada em operações governamentais secretas. Sua rotina consiste em viajar ao redor do mundo realizando execuções de forma sutil e objetiva, mas quando uma missão na Arábia Saudita acaba de maneira completamente fora do esperado, ela é forçada a lutar pela própria sobrevivência.
Depois de um desenrolar atrapalhado nessa ação, ela recebe uma 'folga' de seu superior, Duke (John Malkovich) e retorna a Boston para tratar de assuntos familiares e enfrentar os fantasmas do passado, que inclui uma relação tempestuosa com a irmã, que pensa que ela sumiu por egoísmo, e sua mãe, Bobbi (Geena Davis), que guarda mágoas e segredos indissolúveis que envolvem conflitos entre Ava e seu já falecido pai. Descrevendo a trama sob a direção do renomado Tate Taylor ('Histórias Cruzadas' - 2011 e 'A Garota no Trem' - 2016), a narrativa mais se assemelha à um bom dramalhão do que propriamente um thriller... e é assim mesmo. Infelizmente, ao tentar humanizar demais sua heroína, a direção perde as rédeas de uma trama inicialmente engenhosa para focar nos dilemas de uma personagem que recai em inúmeros clichês, que incluem grupos de auto ajuda, reconciliação com a família, e uma subtrama que envolve o cunhado de Ava, Michael (Common), algo que só faz desviar o olhar do expectador da história central, que a essa altura parece já não interessar mais.
Um bom elenco nem sempre é sinônimo de um bom projeto, e é duro ver um John Malkovich subaproveitado, além de um Collin Farrell que soa caricato, em um papel secundário que só cumpre um aspecto funcional na trama. 'Ava' não é mesmo um filme à altura do talento de seu realizador, mas assim como sua personagem título, ele também não está livre de ter um dia ruim, não é mesmo? Entretanto, como disse anteriormente, para quem não se importa com um roteiro excessivamente novelesco, o longa não haverá de ser um desperdício. Chastain não chega a ser um John Wick de saias, mas provoca o desejo de vê-la em um papel assim novamente, só que num contexto melhor.
Vale Ver Mas Nem Tanto!
Depois de um desenrolar atrapalhado nessa ação, ela recebe uma 'folga' de seu superior, Duke (John Malkovich) e retorna a Boston para tratar de assuntos familiares e enfrentar os fantasmas do passado, que inclui uma relação tempestuosa com a irmã, que pensa que ela sumiu por egoísmo, e sua mãe, Bobbi (Geena Davis), que guarda mágoas e segredos indissolúveis que envolvem conflitos entre Ava e seu já falecido pai. Descrevendo a trama sob a direção do renomado Tate Taylor ('Histórias Cruzadas' - 2011 e 'A Garota no Trem' - 2016), a narrativa mais se assemelha à um bom dramalhão do que propriamente um thriller... e é assim mesmo. Infelizmente, ao tentar humanizar demais sua heroína, a direção perde as rédeas de uma trama inicialmente engenhosa para focar nos dilemas de uma personagem que recai em inúmeros clichês, que incluem grupos de auto ajuda, reconciliação com a família, e uma subtrama que envolve o cunhado de Ava, Michael (Common), algo que só faz desviar o olhar do expectador da história central, que a essa altura parece já não interessar mais.
Um bom elenco nem sempre é sinônimo de um bom projeto, e é duro ver um John Malkovich subaproveitado, além de um Collin Farrell que soa caricato, em um papel secundário que só cumpre um aspecto funcional na trama. 'Ava' não é mesmo um filme à altura do talento de seu realizador, mas assim como sua personagem título, ele também não está livre de ter um dia ruim, não é mesmo? Entretanto, como disse anteriormente, para quem não se importa com um roteiro excessivamente novelesco, o longa não haverá de ser um desperdício. Chastain não chega a ser um John Wick de saias, mas provoca o desejo de vê-la em um papel assim novamente, só que num contexto melhor.
Vale Ver Mas Nem Tanto!
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