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'Borat: Fita de Cinema Seguinte' e as risadas que valem voto na eleição para Presidente dos Estados Unidos | 2020

NOTA 8.0

Por Eduardo Machado @históriadecinema 

“Niiiice surprise”! No ano em que o James Bond, a Mulher Maravilha e a Viúva Negra nos deixaram na mão, ao menos um herói nos restou. Sim, ele mesmo, Borat Sagdiyev, um dos personagens mais amados (e odiados também) da década passada, o jornalista cazaque retorna em 2020 com um filme que tenta nos salvar desse ano nefasto.

Catorze anos após ter transformado o Cazaquistão em chacota mundial, Borat tem a chance de se redimir entregando um presente ao vice-presidente americano Michael Pence. O plano dá errado, quando a filha de Borat, Tutar (Maria Bakalova), embarca para a América com ele, o que significa que Borat deve mudar o curso e transformar sua filha em um presente digno para o vice-presidente.

No longa de 2020, o Borat de Sacha Baron Cohen mantém a metralhadora de zoeira ligada para todas direções, mas, aqui, não dá para negar que a América conservadora é o principal alvo. Ele vai com o pé na porta mesmo. Sem qualquer vergonha ou receio, acaba, não por sua exclusiva culpa, produzindo cenas de revirar o estômago, sobretudo aquela que envolve certo ex-prefeito de Nova York.

Certamente o filme vai receber críticas chamando-o de besteirol estúpido, mas a verdade é que o humor de Borat, que por vezes parece tosco, esconde enorme sagacidade.  O filme faz rir, e muito, mas, por meio da sátira, Borat quer mesmo é nos levar além da gargalhada. Pretende desmistificar tabus e fazer com que questionemos toda e qualquer regra, sejam elas impostas por costumes, pela Igreja, pelo Estado ou pelo patriarcado.

Para isso, Borat foi ao coração da América expor a hipocrisia da sociedade estadunidense e logrou êxito em seu intento sem nem sequer apontar armas de verdade para ninguém. Nem uma ameaça. Ele simplesmente deu a corda para se enforcarem. Abrindo mão de qualquer sutileza, Borat chutou a divisória que o caracterizaria como mero filme de comédia para, então, se tornar uma peça do xadrez político. Em plena semana de eleições nos Estados Unidos, Borat passou de bom a imperdível. 

Vale Ver !



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