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'Não Vamos Pagar Nada' discute índole com o bom humor de Samantha Schmütz | 2020

NOTA 6.0

Por Rogério Machado 

Mais uma produção que não passou pelos cinemas em função da pandemia do Corona Vírus, 'Não Vamos Pagar Nada',  acaba de chegar na premiére do  streamig Telecine unindo um dos gêneros mais consumidos no Brasil, o humor, e a crítica social, um prato cheio para o cômico, que, felizmente ou infelizmente, ainda promove discussão:  falta de emprego,  comida, saúde, segurança e tudo mais que o brasileiro está há décadas e décadas acostumando-se a conviver. 

Na história conheceremos a espirituosa Antônia (Samantha Schmütz), uma mulher simples que, apesar de desempregada e cheia de dificuldades para pagar as contas, não perde o senso de humor. Quando, indignada com o aumento abusivo dos preços no único mercado do bairro, ela faz um escândalo. Antônia acaba contagiando outros clientes e causando um reboliço em que saqueiam o mercado e se recusam a pagar. A partir daí, ela vai precisar de muito jogo de cintura pra justificar suas atitudes para o marido, João (Edmilson Filho), um homem trabalhador,  correto e que abomina todo e qualquer tipo de delito e corrupção.

Falando em humor, que é o gênero aqui em questão, a empreitada fica bem aquém de outros filmes estrelados pela caricata Samanta Schmütz. A premissa é interessante e provocativa, a abertura é animadora, mas a segunda e terceira metade do longa não evolui a comédia e gira em círculos, numa narrativa repetitiva e cansada, que até evoca um discurso com alto teor de crítica social mas o desenvolve sem humor inteligente e nem apelar para o besteirol - é contido demais para uma comédia com a estrela protagonista em questão.

Em dada altura, 'Não Vamos Pagar Nada' assume a vertente das famosas comédias de erro, mas o grande problema é não conseguir bancar a proposta e só conseguir algumas poucas cenas que realmente compensam. No geral, a trama não convence, e no final das contas só sobra o carisma da sempre ótima Schmütz, que nem com toda sua expertise consegue romper a barreira de uma produção sem tempero suficiente para fazer rir. 


Vale Ver Mas Nem Tanto !



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