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Especial: 'Os 25 Melhores Filmes de 2020'

O tradicional compilado das melhores produções em todos os anos desde que o ranking foi criado com a colaboração de toda equipe, é sempre um desafio pois muitos filmes acabam não entrando na lista. Esse ano, com a indústria do entretenimento sendo uma das principais afetadas pela pandemia, muitas das produções foram adiadas para 2021, reduzindo assim o leque de opções pelo menos no que diz respeito aos lançamentos para cinema. Felizmente, tivemos o streaming que nos ajudou a permanecer em segurança em casa com títulos diferenciados, alguns até vindo do cancelamento no calendário de estreias da telona em função do fechamento dos cinemas. 

O lado bom é que com ou sem pandemia a magia do cinema está de pé e nossa amada equipe de colaboradores mais uma vez se reuniu para indicar os melhores títulos lançados no decorrer desse ano complicado. Vale lembrar novamente que para ser elegível dentro das políticas do nosso site, o filme deve ter sido lançado oficialmente no Brasil, seja no cinema ou no streaming,  dentro do ano em que a lista for publicada. Confira a seguir nossas 25 escolhas do que de melhor rolou esse ano, ainda que tenha sido um ano enxuto em se tratando de audiovisual. 


1 - Nunca, Raramente, Às Vezes, Sempre | Eliza Hittman

Não daria pra falar de aborto e não ser polêmico. Em diversos lugares do mundo o aborto é uma atividade legalizada e em muitos ainda é um crime; mas independente de leis, o tema ainda é um tabu que envolve, acima de consciência  e princípios, a religião. A igreja católica sempre se pronunciou contra , assim como todas a demais religiões tidas como cristãs. 'Never Rarely Sometimes Always', que esteve na mostra competitiva no Berlinale esse ano, trata do assunto com certa delicadeza , mas sem deixar de lado o tom de responsabilidade que o tema exige.  (Leia mais...)

2 - Tenet | Christopher Nolan

'Tenet', como já sugere seu título palíndromo, propõe uma inversão - que nesse caso é temporal - cujo significado é o mesmo independente de qual seja a direção tomada. A jornada do Protagonista (que é a versão nolanesca do icônico Homem Sem Nome vivido por Clint Eastwood, em um contexto de espionagem) vivido por John David Washington é trabalhada com uma riqueza de detalhes tão mínimos que uma simples desviada de olhar para o lado pode interferir no entendimento da totalidade que o filme é, com seus efeitos práticos e camadas interligadas. É uma obra que tende a surpreender pela sua técnica e pela ousadia das coreografias muito bem elaboradas; e é claro, 'Tenet' é um dos filmes mais difíceis de editar em toda a história do cinema (isso segundo o próprio Christopher Nolan, que convocou para essa árdua e desafiadora tarefa a talentosa editora Jeniffer Lame, que trabalhou nos filmes de Ari Aster e foi responsável pelos filmes de Noah Baumbach desde 'Frances Ha'). (Leia mais...)

3 - Pacarrete | Allan Deberton 


Não é de hoje que ressalto em minhas considerações - quando assim acontece numa determinada produção -, sobretudo numa produção nacional, o poder da função social do cinema. E quando uma determinada obra nos leva para uma discussão com poesia e bom humor, o caminho a ser percorrido não só é eficiente como também pode se tornar divertido. 'Pacarrete', ainda sem previsão de estreia nacional, mas já trilhando uma história de sucesso em festivais no Brasil e mundo afora, trata os distúrbios mentais com o mesmo respeito que entretém seu espectador (Leia mais...)

4 - Retrato de Uma Jovem em Chamas | Céline Sciamma


As noções de em
poderamento foram atualizadas com sucesso. Apesar do termo 'empoderamento feminino' estar em alta de uns anos pra cá e criar uma sensação de militância, em 'Retrato de Uma Jovem em Chamas', - integrante da seleção do Festival do Rio esse ano -, a diretora Céline Sciamma ('Tomboy' - 2011) vai além do termo construindo muito naturalmente um drama que carrega a força feminina sem pender para o lado político. O longa, que  narra o repentino amor entre duas jovens mulheres, fala mais ao romantismo do que qualquer outro tema (Leia mais...)


5 - The Boys in The Band | Joe Mantello 


O projeto tem alto índice biográfico;  e apesar de cortante e ácido em muitos momentos, guarda um tom de ingenuidade e doçura. Essa dualidade faz bem para a produção e foi filmada sob o olhar atento de Crowley, que infelizmente faleceu em março e não pôde ver a obra produzida para as telas ser finalizada. 'The Boys in The Band', mesmo depois de tantos anos continua atual e engajado, não abraça o grande público mas também não se importa com isso. O projeto é assumidamente direcionado ao  público LGBT e ostenta a representatividade com orgulho.... se é que vocês me entendem (Leia mais...)


6 - Fico Te Devendo uma Carta Sobre o Brasil | Carol Benjamin


O registro documental da cineasta em seu primeiro longa metragem, revela a história das três gerações de sua família, que foi atravessada pela ditadura militar que se instalou no Brasil entre 1964 e 1985. Seu avô era coronel do Exército. Seu pai, César Benjamin, foi preso ilegalmente aos 17 anos, em 1971, e permaneceu por três anos e meio em uma cela solitária, além de mais dois anos em prisão comum. Mas a prisão e tortura do filho mais novo transformou a dona de casa, Iramaya, avó da diretora, em uma militante incansável pela anistia internacional. Foram inúmeros movimentos e discursos inflamados em eventos contra a ditadura, onde o clamor pela liberdade dos presos políticos em uma anistia ampla, geral e irrestrita era constantemente levantado. (Leia mais..)

7 - Hamilton | Lin-Manuel Miranda


A produção faz um esforço incrível para tornar tudo aquilo o mais cinematográfico possível, com jogos de câmera, close-ups, de modo a tornar única a experiência daquele que assiste em casa . Mas não é um filme e nem precisava ser. É muito mais do que isso. É um clássico instantâneo dos musicais da Broadway, vencedor de 11 Tonys, que conta a história de Alexander Hamilton (Lin-Manuel Miranda), o primeiro secretário do tesouro dos EUA, em 3 horas de rap, hip-hop, R&B, cantados e interpretados majoritariamente por atores negros, hispânicos e asiáticos.
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8 - Mank | David Fincher


'Mank’ não é um filme fácil, mas isso não significa que não seja simples. 
O coração de Jack e David Fincher pode ser ouvido no ritmo das cenas, que são apresentadas com uma conotação pessoal de tarefa finalizada e realização de um sonho familiar. ‘Mank’ é, sobretudo, um filme de responsabilidades - que vão desde um beberrão com um prazo apertado para entregar um trabalho até a megalomaníaca indústria do cinema em seus primórdios colossais. A graça de ‘Mank’ está na simplicidade do diálogo com o público amante do cinema, que recebe agora um presente majestoso - e histórico - com o relato de uma das figuras mais complicadas de seu tempo. (Leia mais...)

9 - Destacamento Blood | Spike Lee 


O exercício da flexibilização de gêneros é executado com êxito. Spike Lee comprova sua versatilidade ao mostrar desenvoltura em conduzir habilmente as lentes não só nas periferias de Nova Iorque como também no calor de uma guerra em que o enfrentamento é essencialmente humano. Apesar da competência, é preciso dizer que o registro da estética militar não vai além de sequências agradáveis. Esse fato não chega a ser comprometedor, já que o objetivo central é a denúncia da segregação racial mais uma vez manifestada sob a bandeira norte-americana. Dessa vez, a assimetria de tratamento reside no menor valor dado aos negros, seja na proporção do efetivo militar, seja na preferência da seleção para missões militares de maior risco. (Leia mais...)

10 - Jóias Brutas |  Josh Safdie, Ben Safdie


A atmosfera é tensa e claustrofóbica, muito devido à trilha sonora techno que embala essa jornada frenética . Com decisões arriscadas, tudo vai dando errado  e Howard vai caindo num abismo (e nós vamos juntos), e parece difícil retornar. Ele  anda incessantemente pelas ruas de Manhatan falando/gritando sem parar ao celular, e a cada três palavras duas são f**k...  focar nessas sequências cansa e até dá tontura.  As metáforas visuais são ótimas e o visual lindo - a câmera passeia do exame do cólon de Howard na cena de abertura ao centro da opala mística ainda na caverna onde foi descoberta; algo como uma viagem psicodélica. (Leias mais...)

11 - Babenco-Alguém tem que Ouvir o Coração e Dizer Parou | Bárbara Paz 


Eu já vivi minha morte, agora só falta fazer um filme sobre ela”, disse o cineasta  a Bárbara Paz, ao perceber que não lhe restava muito tempo de vida. Bárbara então se incumbiu da missão e realizou o último desejo do companheiro: ser protagonista de sua própria morte. Nesta imersão amorosa na vida do cineasta, ele se desnuda, consciente, em situações íntimas e dolorosas. Revela medos e ansiedades, mas também memórias, reflexões e fabulações, num confronto entre vigor intelectual e fragilidade física que marcou sua vida. (Leia mais...)

12 - Jojo Rabbit | Taika Waititi 


Por mais espinhoso que seja o tema Nazismo/Holocausto, ele sempre rende roteiros ótimos, se bem trabalhados. O diretor Taika Waititi (“O que Fazemos nas Sombras” e “Thor: Ragnarok”) conseguiu no filme “Jojo Rabbit” um feito delicado e difícil  que é satirizar o nazismo sem cair no mau gosto. A história, que é contada sob o ponto de vista do protagonista mirim, é adaptada do best-seller de 2004 de Christine Leunes, “Caging Skies” (céus  que enjaulam ou céus aprisionantes). (Leia mais...)

13 - Transtorno Explosivo |Nora Fingscheidt


Ano prestigiado festival de Berlim em 2019, um filme local chamou a atenção. Dirigido por Nora Fingscheidt, estreante em longas de ficção, “Transtorno Explosivo” saiu do festival com dois Ursos de Prata. No “European Film Awards” (Prêmio do Cinema Europeu), houve quem defendesse que o prêmio de melhor atriz fosse para Helena Zengel, de apenas 11 anos e protagonista do filme. Olivia Colman venceu por “A Favorita”, mas não seria injusta a vitória de Helena, pois, em “Transtorno Explosivo”, ouso dizer que estamos diante de uma das atuações infantis mais impressionantes já vistas. (Leia mais...)

14 - O Farol |  Robert Eggers


As escolhas não somente narrativas como também cênicas, o formato de tela (rodado em 35mm em 1.19:1, ou em português claro, o quase quadrado), e ainda em preto e branco,  já entregam nos primeiros minutos que não teremos o trivial. Eggers já provoca de cara o espectador com a aparência rude de seus personagens e  hábitos nada educados. O clima não é propriamente de um suspense, mas ficamos com a nítida impressão, pelas visões de Winslow , que algo de sobrenatural pode acontecer a qualquer momento. Esse iminente clímax auxilia por sua vez no crescimento das nossas expectativas, não somente em relação à índole desses homens, como suas reais intenções um para com o outro. 

15 - Cicatrizes |  Miroslav Terzic


Exemplo notável de como trazer criativamente para o particular um sintoma coletivo. Em "Cicatrizes", a transposição é ainda mais poderosa por abordar uma grave denúncia de nível nacional. Ana, moradora da Sérvia atual, é uma mãe que matura a dor da perda do filho tido como natimorto. O instinto materno, mesmo 18 anos após a fatalidade, reluta em assimilar o golpe e persiste na intuição de que os fatos não foram devidamente explicados. Partindo da busca por evidências imediatas como o corpo da criança, a realidade ganha contornos de instabilidade quando Ana descobre alterações nos registros de nascimento do filho. (Leia mais...)

16 - Mulher Maravilha - 1984 | Patty Jenkins


O que fica, com o término dos créditos customizados, é a sensação de que ‘Mulher-Maravilha 1984’ era o filme que 2020 precisava. Pode-se dizer que o longa é uma metalinguagem em prol da verdade na era das fake news, com uma mensagem de aceitação da inevitabilidade da vida a qual todos tentamos fugir cotidianamente: a morte. E sim, ‘Mulher-Maravilha 1984’ é uma ópera à vida, às cores e a todo o resto de positividades e alegrias que se pode adquirir em nossa breve passagem pelo mundo. A trilha de Hans Zimmer transpõe divinamente os conflitos existentes nos dois lados da moeda, e se estabelece com o romance solene de épocas diferentes que se enamoram por possuírem os mesmos anseios, dilemas e esperanças. 1984 se confunde com 2020, já que os efeitos da ambição individualista humana em escala global se fazem presentes no ano fictício do universo cinematográfico da DC e no ano real do lançamento do filme (Leia mais...)

17 - O Jovem Ahmed | Jean-Pierre Dardenne, Luc Dardenne


Acompanhado da inconfundível certeza do estar certo, o adolescente Ahmed ensaia os primeiros passos no caminho da religião. Diferentemente da postura passiva de doutrinações que recaem sobre o indivíduo em processos mecânicos, tais como a transmissão familiar de crenças ou o simples aculturamento resultante do contágio pelo meio, o personagem central do longa é quem representa a entidade geradora de interesse. O espaço para a ponderação é reduzido pelo enorme apetite em se aprofundar no islamismo e ser um fiel de conduta irrepreensível. Entretanto, o possível arco poético que liga o interesse à paixão religiosa é estendido ao campo da cegueira dogmática, introduzindo Ahmed ao radicalismo. (Leia mais...)

18 - O Homem Invisível | Leigh Whannell


O filme é uma adaptação contemporânea do romance homônimo de H. G. Wells e é uma reinicialização da série de filmes do personagem 'O Homem Invisível' - tal personagem já ganhou as telas em diversas adaptações desde a década de 30. Essa nova roupagem faz parte de um projeto que infelizmente não foi adiante: o estúdio Universal em 2017 iniciou uma franquia intitulada Dark Universe, onde o estúdio faria novas adaptações dos seus famosos monstros em versões modernas , tudo desandou já no ambicioso projeto de 'A Múmia' com Tom Cruise, que não conseguiu o retorno financeiro esperado e não empolgou o público como deveria (Leia mais...) 

19 - 1917 | Sam Mendes 


Por meio de planos sequências deslumbrantes, os horrores da guerra são recontados sem pudores. Os cabos percorrem longos corredores de trincheiras e ambientes degradados com o respaldo de um design de produção incrível. A câmera que acompanha a dupla de forma persistente é hábil em valorizar a fotografia, também em alto nível, e dar volume à atmosfera bélica. Destaco os planos iniciais onde os cabos percorrem os campos de guerra já bombardeados e o trabalho visual primoroso da fuga noturna de Schofield em meio a uma cidade em chamas. O resultado não pode ser outro que não uma experiência imersiva numa perspectiva quase que pessoal sobre o que é experienciar uma guerra. (Leia Mais...)

20 - Borat : Fita de Cinema Seguinte | Jason Woliner


No longa de 2020, o Borat de Sacha Baron Cohen mantém a metralhadora de zoeira ligada para todas direções, mas, aqui, não dá para negar que a América conservadora é o principal alvo. Ele vai com o pé na porta mesmo. Sem qualquer vergonha ou receio, acaba, não por sua exclusiva culpa, produzindo cenas de revirar o estômago, sobretudo aquela que envolve certo ex-prefeito de Nova York.(Leia mais....)

21 - Belle Époque | Nicolas Bedos 


O roteiro, também de Bedos, nem é o trunfo infalível do filme, como acontece no seu trabalho anterior, mas sim a capacidade de desenvolver uma ideia com o brilhantismo de grandes obras. 'La Belle Époque' bebe de referências do cinema mundial e ao mesmo tempo é uma bela homenagem às produções audiovisuais, com a fábrica de sonho se desenvolvendo bem ali na nossa frente, assim como a troca de cenários, a entrada e saída de figuração, a inserção da luz e da trilha sonora na feitura de uma produção.
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22 - Estou Pensando em Acabar com Tudo | Charlie Kauffman


Charlie Kauffman, sempre enaltecido pelo roteiro de filmes como “Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças” (2004), “Quero ser John Malkovich” (1999) e “Adaptação” (2003), jamais obteve como diretor o mesmo sucesso estrondoso que já conseguiu como roteirista, função na qual já venceu um Óscar e foi indicado a outros dois. Os filmes dirigidos por ele, no entanto, por contarem com um autor dotado de tamanha inventividade, são muito melhores do que a média e “Estou Pensando em Acabar com Tudo”, o mais recente longa-metragem de sua autoria, representa um valioso acréscimo ao catálogo da Netflix. (Leia Mais...)

23 - A Despedida | Lulu Wang 


Ao contrário do que acontece em muitos filmes sobre reencontros familiares, aqui não há contas a serem ajustadas ou mágoas passadas. "A Despedida" é leve, apesar do tema “morte” ser a espinha da trama, as diferenças culturais são muito bem pontuadas e mostram que a forma dos orientais encararem o fim é mais natural e menos  mórbida comparada à forma como nós ocidentais o tratamos. Esse adeus a Nai Nai é cheio de vida, alegria e risadas, celebrando os laços familiares que se tornam mais fortes frente ao fim de uma (bela) jornada. (Leia mais...)

24 - Soul: Uma Aventura com Alma |Pete Docter 


O título do filme se apropria com inteligência da dualidade do termo "soul" em referência direta e literal a "alma" e simultaneamente ao gênero musical afluente do jazz. Com alguns traços experimentais, ele se desenvolve de forma bastante conceitual desde a sua vinheta de abertura, passando pela introdução (que apresenta Joe em vida) e se consolidando com os contornos minimalistas de sua queda da esteira Além-Vida, que o levaria para o lugar pós-morte, rumo ao abismo que resultaria em sua chegada às origens. (Leia mais...)


25 - Os 7 de Chicago | Aaron Sorkin 


Filmes sobre julgamentos são obras de manipulação, tanto em sua trama quanto na percepção da mesma pelo público. 'Os 7 de Chicago', no entanto, é um filme mais inclinado a ser uma obra de bastidores - tal qual a 'The Post: A Guerra Secreta', lançado no Brasil em 2018, que também aborda polêmicas e mentiras em torno da política que levou à guerra do Vietnã. A manipulação aqui é explícita, e por conta disso acaba dando lugar ao vislumbre dos horrores de um sistema corrupto e destemperado. A produção é uma releitura dos eventos que movimentaram Chicago no final dos anos 60 e, de maneira muito bem orquestrada pelo diretor e roteirista Aaron Sorkin, consegue compor com um equilíbrio eficiente a compreensão entre a enxurrada de motivações orgulhosas e meios justificáveis por seus fins. (Leia mais...)

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Colaboraram:

Eduardo Machado
Karina Massud 
Rafael Yonamine 
Rogério Machado
Sérgio Ghesti
Vinícius Martins 



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