O Papai Noel anárquico, os elfos e a magia estão de volta em 'Crônicas de Natal – Parte 2' | 2020
NOTA 7.5
Por Karina Massud @cinemassud
Chegando o final do ano muitas produções natalinas pipocam, porém são poucas que trazem algum diferencial que as destaque da maioria que já estará esquecida no Natal seguinte. “Crônicas de Natal – Parte 2” é um desses filmes que será sempre lembrado quando chegar a época de esperar o Bom Velhinho, e apesar de ser uma sequência, é tão divertido quanto o primeiro longa lançado em 2018.
O Papai Noel vivido por Kurt Russel,- o melhor da ficção até hoje -, está de volta, e ele continua meio porra louca, super em forma pra poder pular de chaminé em chaminé e com o espírito natalino a mil por hora, afinal de contas é ele o combustível para as renas voarem e levarem o trenó pros quatro cantos do planeta. Dessa vez o imbróglio em volta do qual se desenrola a trama é causado pelo elfo desgarrado Belsnickel, que era o braço direito do velho Noel em sua oficina de invenções de brinquedos, mas quebrou os votos dos elfos e se tornou um humano mau e invejoso. E não contente em fugir, ele quer destruir tudo: a vila dos elfos no Polo Norte, a família Klaus e o Natal como o conhecemos; e pra isso ele usa como armadilha a Kate Pierce, a garotinha que no primeiro filme fez uma armadilha pra flagrar o Papai Noel e quase destruiu a noite natalina. Há uma clara analogia de Belsnickel com Lucifer, o anjo que tinha um lugar especial no céu mas que se virou contra seu Pai. Ele desejou ser igual e competir com o Papai Noel , cobiçando sua autoridade e ocupando seu lugar.
O diretor Chris Columbus (“Esqueceram de Mim”, “Uma Babá Quase Perfeita” ) revisita a linda origem do Papai Noel como São Nicolau na Turquia, o tipo de fábula que é sempre bem-vinda e encantadora. A trama dá bastante destaque ao vilão e à Mamãe Noel ( Goldie Hawn, mulher de Kurt Russel também na vida real) que fez apenas uma participação especial no primeiro filme; e também aos elfos fofos que estão seguros no Pólo Norte graças a aurora boreal produzida pela Estrela de Natal. A Senhora Klaus faz quitutes mágicos e deliciosos e foi a fundadora da Vila dos Elfos. Ela é o lado feminista da trama, mostrando que ao lado de um grande homem sempre está uma grande mulher, que é o alicerce emocional da comunidade. Amor, fé, perdão e união: o espírito de Natal está no ar.
Se eu fosse o Grinch certamente iria apontar os defeitos desse filme e estragar toda a diversão, mas como estou tomada pelo clima natalino, e por se tratar de uma produção simples e despretensiosa, eu vejo em “Crônicas de Natal - Parte 2” um filme lindo que vai alegrar sua noite de Natal. Netflix, já estou na torcida por uma terceira parte em 2021.
Vale Ver !
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