Débora Falabella vive uma mulher com ataques de pânico em 'Depois a Louca Sou Eu' | 2021
NOTA 8.0
Por Rogério Machado
'Depois a Louca Sou Eu', - uma espécie de memórias da escritora Tati Bernard -, depois de ganhar repercussão enquanto livro, promete também agradar o público na versão para os cinemas. Muito conhecida por 'Meu Passado Me Condena', que também ganhou filmes, a escritora, que imprime uma verve altamente ácida em todas as suas obras, investe todo esse senso de humor trágico para nos contar a história de uma mulher que sofre de um dos males do mundo moderno: a ansiedade.
Sempre achei que, salvo algumas necessárias exceções, a melhor maneira de tratar de um problema sério na dramaturgia, certamente seria abordá-lo com humor, e o filme sob a direção de Júlia Rezende ('De Pernas Pro Ar 3') lança mão de todo potencial da sua realizadora, que já tem grandes comédias no currículo, para contar a história de Dani apostando no cômico sim, mas sem perder as rédeas do recado sério que a produção tem a missão de passar.
O ótimo roteiro de Gustavo Lipsztein tão bem conduzido por Julia Rezende é também muito bem amparado pela edição, com uma parte gráfica pop e super colorida, (com direito a efeitos especiais caprichados para representar o efeito dos medicamentos no organismo de Dani), sem dúvida é outro diferencial que estabelece um equilíbrio criativo entre o humor e a tragédia.
Débora Falabella, tão multifacetada e boa atriz que é, empresta seu corpo e se despe de vaidades para viver uma personagem altamente complexa e que sofre de uma doença tão incompreendida. O tragicômico acaba de ganhar mais um representante de alto nível no cinema brasileiro. 'Depois a Louca Sou Eu' acabou de estrear nas salas de todo país.
Vale Ver!
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