Adsense Cabeçalho

Dica do Papo: 'Orgulho e Preconceito' | 2005

Por Eduardo Machado @históriadecinema 

Jane Austen e seus romances já foram adaptados diversas vezes para o cinema, teatro, tv, qualquer espécie de dramaturgia e 'Orgulho e Preconceito' certamente está na lista dos livros mais vezes reproduzido, sendo difícil, portanto, criar uma atmosfera nova no filme. No filme de 2005, Elizabeth Bennet (Keira Knightley) e suas quatro irmãs reaparecem, pela enésima vez, com suas preocupações em torno do amor, da liberdade, dos anseios pessoais e do sufocamento causado pelas convenções sociais. Em que pese não haver muitas novidades, é difícil encontrar defeitos em uma produção de época feita com tanto esmero.


Nesse passo, um dos grandes méritos do longa é não focar na modernização do texto clássico de Jane Austen e priorizar a manutenção da estética original. Porque '
Orgulho e Preconceito' não precisa de atualizações ou qualquer mudança brusca, na medida em que, embora escrito no século XIX, os conflitos dos seus personagens permanecem assustadoramente atuais. Assim, o diretor Joe Wright e a roteirista Deborah Moggach mantiveram uma prosa antiga com versos que, de tão delicados, parecem ser declamados pelos personagens.

O longa tem um elenco fantástico e Keira Knightley, então uma jovem de apenas 20 anos, não recebeu uma indicação ao Oscar por acaso, interpretando Elizabeth Bennet com absoluta naturalidade, enquanto Donald Sutherland, Brenda Blethyn, Rosamund Pike e cia parecem divertir-se no trabalho. Matthew Macfadyen às vezes parece destoar mas não chega a comprometer como Mr. Darcy.

'Orgulho e Preconceito', então, satisfaz como um romance de época, sonhador. Não é a sátira afiada que Austen talvez almejasse, mas é um entretenimento adorável. É água com açúcar? Até posso concordar que sim, mas você também há de convir comigo que dificilmente alguém faria mais bonito. Não é à toa que é lembrado por tantos anos.





Nenhum comentário