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A brutalidade frágil em 'Raya e o Último Dragão' | 2021

NOTA 9.0

Poderia se chamar "Entre facas e segredos"

Por Vinícius Martins @cinemarcante 

Lindo. Sim, o pitaco de hoje começa com isso mesmo que você leu: lindo. Eu poderia parar de escrever por aqui mesmo e só recomendar que você assista 'Raya e o Último Dragão' o quanto antes, porque a melhor definição possível já foi dada para mais essa obra de arte dos estúdios de animação da Walt Disney Pictures, resumida em uma única palavra. Lindo. É isso o que o filme é, desde a construção de sua trama até as minúcias detalhadas em tela durante as quase duas horas de filme. Há uma riqueza imensurável de referências e reverências às culturas do sudeste asiático, e a qualidade visual é avassaladora em um nível que beira o impecável. O design de produção é tão bom que, honestamente, não ficarei surpreso caso venha alguma indicação ao Oscar. E digo mais uma vez: que filme lindo!


Se visualmente falando a obra é um acerto gigantesco, deve-se dizer que seu roteiro não fica atrás. 'Raya e o Último Dragão' é uma obra de exaltação às virtudes e ao mesmo tempo uma aventura de assalto, e essa mescla é surpreendentemente muito boa. Raya é uma das melhores personagens criadas pela Disney desde que essa nova safra de animações 3D surgiu, e sua jornada é incrivelmente empolgante - mesmo tendo muito feijão com arroz. Raya luta combates mortais, faz cara feia, sangra e ainda consegue se manter aprumada, focada em sua nobre tarefa; mas é na fragilidade dela que está o charme do filme. Raya não é inabalável ou indubitável, ela oscila e também sofre diante de cada frustração que vive - seja em golpes na batalha ou em confianças quebradas. Contudo, há nela uma ferocidade contagiante, que faz o público querer lutar ao seu lado e o leva a comprar suas brigas (mesmo quando o lado opositor não é necessariamente um vilão). 

Dentre as várias qualidades do filme (que não é imune a alguns pequenos deslizes), está a trilha sonora composta com primor pelo constantemente excelente James Newton Howard - que, em minha opinião, também é digna de Oscar. Superando minhas expectativas, 'Raya e o Último Dragão' é uma surpresa gratificante e emocionante, com uma mensagem importantíssima sobre a necessidade da união. Entre fronteiras, bebês charlatões e um transporte muito eficiente, a história de Raya é algo que merece - e muito - o tempo investido, fazendo valer cada segundo de rodagem. De fato, não tem palavra que melhor descreva o filme do que "lindo", porque é isso o que ele é.


Super Vale Ver!



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