Adsense Cabeçalho

'A Mulher na Janela' traz Amy Adams mais uma vez enfrentando seus fantasmas | 2021

NOTA 6.5

Por Karina Massud @cinemassud 

Psicóloga solitária que sofre de agorafobia, (transtorno que a impede de sair de casa), depois da separação presencia crime brutal numa das casas vizinhas que ela stalkeia dia e noite; porém a polícia não acredita em sua palavra porque ela vive à base de álcool e remédios fortíssimos que podem ter tirado sua percepção da realidade. Uma ótima premissa que renderia um suspense psicológico sensacional, “A Mulher na Janela” é baseado no best-seller de A. J. Finn, livro que teve até seus direitos leiloados entre os estúdios tamanho o potencial da história, que infelizmente foi mal desenvolvida e resultou num filme esquecível.

A nova produção da Netflix dirigida por Joe Wright (“O Destino de Uma Nação”, “Orgulho e Preconceito” e “Desejo e Reparação”) começa bem, com boas referências Hitchcockianas, um ritmo equilibrado e vários mistérios envolventes, mas depois derrapa e sai rolando ladeira abaixo. Amy Adams está numa linha tênue entre realidade e caricatura como a atormentada Anna; ela passa por transições muito rápidas entre sobriedade, desespero e confusão mental, quando o aprofundamento na psiquê dessa personagem complexa exigiria mais tempo. A ótima fotografia e a câmera passeando pelos cantos sombrios da mansão nova iorquina, contribuem para a sensação de claustrofobia da protagonista que nos invade; porém o excesso de acontecimentos e participações relâmpago de coadjuvantes estrelados estragam o peso das alucinações e dos segredos dos personagens.

Cá estamos diante de mais uma tentativa da Netflix de produzir um sucesso estrondoso baseada em uma ótima história, elenco irretocável (Amy Adams, Julianne Moore, Gary Oldman, Jennifer Jason Leigh) e diretor tarimbado, mas que resultou em mais um fracasso retumbante de público e de crítica, só perdendo para os recentes “Era Apenas um Sonho”, “Rebecca: A Mulher Inesquecível” e “Vozes e Vultos”, filmes que se encontram na mesma prateleira de “Expectativa 10 x Realidade 0”.

“A Mulher na Janela diverte e prende a atenção? Sim, prende e entretém, na mesma proporção que decepciona quem espera um plot twist mais bombástico e convincente, pois o final é totalmente inverossímil e desconexo com o restante da trama. Uma pena o desperdício de tantos predicados.


Vale Ver Mas Nem Tanto! 




Nenhum comentário