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Na zona de conforto de Bob Odenkirk, 'Anônimo' combina ação com muito humor | 2021

NOTA 8.5

Por Eduardo Machado @históriadecinema

O cinema de ação respira. Essa é a sensação que tenho ao terminar de assistir a “Anônimo”, thriller dirigido pelo jovem cineasta russo Ilya Naishuller. Ainda desconhecido, o diretor se juntou ao roteirista de “John Wick”, Derek Kolstad, para entregar um filme de ação como ele deve ser. Ninguém precisa inventar a roda. Às vezes basta apenas não se levar tão a sério para que as coisas aconteçam.

No longa, Bob Odenkirk ('Better Call Saul') é Hutch Mansell, um homem que encarna o estereótipo de “loser” sem reclamar. Bom, pelo menos era assim até o momento em que o ódio emerge e ele se vê na mira de um gangster russo.

Seguindo essa trilha, o filme tem referências evidentes e a mais óbvia delas é, sem dúvidas, John Wick. Mas “Nobody" (no original) opta por um caminho um pouco diferente, com um humor que brinca com as motivações do protagonista.

Diante desse contexto, Bob Odenkirk, nosso anti-herói favorito em “Better Call Saul”, parece perfeitamente escalado, sobretudo pelo seu alcance cômico, com piadas que não nos cansam. Odenkirk também trabalha com naturalidade as cenas de ações, embora não tenha o perfil físico que nos acostumamos nesse tipo de filme. Este é um ponto, entretanto, que facilita a nossa identificação com o personagem, que bate na mesma medida em que apanha.

Por outro lado, quanto ao vilão, um gangster russo estereotipado, isso não parece ser um problema de fato, considerando o caráter cômico do filme. Como dito, o filme não se leva a sério e, aqui, isso é ótimo.  

Tudo funciona nesse longa que é contagiante desde a cena de abertura em que Hutch (alô Dom Corleone!) puxa um gatinho de seu casaco, enquanto está em um interrogatório. É o tipo de thriller de ação capaz de agradar multidões. Se uma sequência vier, garanto que, pelo menos da minha parte, será muito bem-vinda. 


Vale Ver!




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