'Dupla Explosiva 2 - E a Primeira-Dama do Crime': sequência amplia a participação de Salma Hayek e acerta | 2021
NOTA 7.5
Por Rogério Machado
Depois de Salma Hayek roubar a cena em 'Dupla Explosiva', lançado em 2017, era mesmo de se esperar que ela ganhasse mais destaque em uma possível sequência. Dito e feito. Em 'Dupla Explosiva 2 - E a Primeira-Dama do Crime' a personagem falastrona e caricata ganha ainda mais foco, que por sua vez dita os rumos da trama ligando passado e presente. O sucesso da personagem foi tanto que dessa vez ela aparece no título do thriller de ação estrelado por Ryan Reynolds e Samuel L. Jackson que chegou na última quinta aos cinemas.
Nesse segundo filme, o guarda-costas Michael Bryce (Reynolds) terá que abandonar sua licença sabática para proteger Darius Kincaid (Samuel L. Jackson) e Sonia (Salma Hayek), o casal mais encrencado do planeta, que sempre se envolve com as piores figuras. Enquanto Bryce é levado ao limite por seus dois protegidos, o casal Kincaid se mete em uma trama global, onde são perseguidos por Aristotle Papadopolous (Antonio Banderas), um sociopata grego e megalomaníaco que quer explodir a Europa com um vírus de computador.
Patrick Hughes (II) retorna na direção e se apropria novamente do que deu certo no primeiro filme, ou melhor, quase tudo. Os planos ousados e os efeitos especiais aqui tomam o lugar do texto ácido percebido na produção anterior. O humor não surte o mesmo efeito e a tentativa de infantilizar o guarda costa vivido por Reynolds ao longo da trama (com direito à uma volta ao passado onde um padrasto na pele de Morgan Freeman surge para reforçar isso) se torna maçante e sem apelo cômico. Em contra partida, a Sra Kincaid de Hayek prova porque sua personagem retorna com tanta pompa e circunstância. Sua obsessão pela maternidade e a ligação com o vilão encarnado por Banderas (um tanto caricato, é verdade) estão entre os melhores motivos para se investir um tempo para a sessão.
A franquia 'Dupla Explosiva' nitidamente faz reverência ao cinema de ação e comédia que muito se viu nos anos 80 e 90. Tem seus méritos sobretudo pelo carisma de um elenco que sempre cumpre com competência os projetos aos quais se envolve, mas que por vezes é vencido por uma fórmula preguiçosa. Ainda que o primeiro filme seja mais hábil ao condensar os dois gêneros, é inegável que a sequência mantenha o ritmo eletrizante que a consagrou, além de mais uma vez se firmar como um prato bem servido aos fãs ávidos por firulas e perseguições e tiro e porrada... e bomba.
Vale Ver!
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