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'O Leonardo Perdido' investiga o mistério da pintura mais cara da história | 2021

NOTA 9.0

Por Karina Massud @cinemassud 

O mercado de arte é um tanto quanto peculiar, obras inexpressivas podem valer muito e outras com grande valor artístico são relegadas a valores irrisórios. Por outro lado, existe o nicho de obras de artes inestimáveis de grandes nomes como Picasso, Monet, Rembrandt, Leonardo da Vinci, onde sempre haverá pessoas riquíssimas querendo investir, lavar dinheiro ou simplesmente ostentar e ter uma relíquia na parede da sala; pessoas dispostas a pagar fábulas que podem facilmente ultrapassar a casa dos  milhões de dólares. Colecionar arte nesse nível é para poucos  e não é sempre que podemos testemunhar esse tipo de comércio.

Em 2005 dois cavadores de arte descobriram uma pintura misteriosa de Jesus Cristo num leilão em New Orleans e acharam que tinha algo de valioso nela, por isso a compraram por pouco mais de mil dólares e a levaram à restauradora Dianne Modestini que, durante o processo de limpeza e restauração teve uma surpresa: os lábios de Jesus eram exatamente iguais aos da Mona Lisa – a partir daí toda a saga dessa pintura começou.

O gênio Leonardo da Vinci tem apenas 15 pinturas conhecidas e autenticadas como dele nos dias atuais. Daí pode-se imaginar a celeuma que houve no mundo da arte quando surgiu essa suposta tela de sua autoria: o “Salvator Mundi”, que veio à público como a Mona Lisa masculina. Esse quadro teve uma trajetória bem turbulenta, desde sua descoberta até ser leiloada na Christie´s de NYC por inacreditáveis 450 milhões de dólares e depois sumir, e hoje não se sabe exatamente com quem nem onde ela se encontra. Essa história incrível é contada no documentário “O Leonardo Perdido”, instigando até mesmo quem não se interessa pelo assunto, pois parece um conto de detetives com toques dramáticos.

O diretor dinamarquês  Andreas Koefoed mostra todo o imbróglio entre o magnata russo colecionador de arte Dmitry Rybolovlev e o negociante suíço Yves Bouvier, com acusações de todos os tipos e muito dinheiro envolvido. E por fim o histórico leilão na casa Christie´s em NYC, onde a tela foi comprada anonimamente e se tornou o quadro mais caro já leiloado (a título de comparação, a “Mona Lisa” é avaliada em U$800 milhões mas nunca foi leiloada). O mais provável comprador seria o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, que teria levado o quadro para enfeitar seu iate bilionário. Estudiosos renomados de arte, colecionadores, curadores de museus como o Louvre de Paris e a National Gallery de Londres e, claro, negociadores desse mundo surpreendente: todos estão no documentário dando sua opinião  e narrando a trajetória do quadro, se é um autêntico Da Vinci  ou uma fraude milionária, como a transação chegou aonde chegou e a derradeira pergunta: “Onde está ‘Salvator Mundi’?”

O longa, além de mergulhar fundo na história da pintura e seu paradeiro, também esmiuça o complexo e fechado mundo das artes, visto que essa venda milionária foi um divisor de águas nesse mercado e deu margem a muita especulação e polêmica. Uma história que mostra que, mais do que o valor artístico, a arte traz poder, muito poder aos que são guiados pela vaidade e ganância.

A trama peculiar de “O Leonardo Perdido” surpreende e envolve do início ao fim, e está disponível para aluguel no NOW, Apple TV, Google Play e YouTube, e vale cada centavo pago.


Super Vale Ver!




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