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'As Agentes 355' : elenco feminino estelar brilha em ação genérica | 2022

NOTA 6.5

Por Rogério Machado 

Uma arma letal que pode acabar com a humanidade e o encontro de mega estrelas de Hollywood parece receita pronta pro sucesso, certo? Não é bem assim com 'As Agentes 355', thriller de ação que chegou recentemente aos cinemas. A grande teia arquitetada por Simon Kinberg ('X-Men: Fênix Negra' - 2019) pelo jeito dividiu opiniões pela premissa cartunesca e já vista um par de vezes em filmes do gênero. Mas sim, o que tira o longa do lugar comum é a curiosidade pela reunião de tantas atrizes que sempre figuram na crista da onda.

Na trama, ao ficar ciente que uma organização global de mercenários que ameaçam o mundo quer adquirir uma arma ultrassecreta, a agente da CIA Mace Brown (Jessica Chastain) terá que unir forças para essa missão com a agente alemã Marie (Diane Kruger); a ex-membro do MI6, especialista em tecnologia, Khadijah (Lupita Nyong'o); a psicóloga Graciela (Penélope Cruz), e por fim com Lin Mi Sheng (Bingbing Fan), uma mulher misteriosa que está rastreando todos os movimentos desses mercenários para evitar que tal poder caia nas mãos erradas. O grupo de melhores espiãs do mundo forjará uma lealdade tênue que poderá proteger o mundo - ou matá-las. 

Para seguir com o plano elas terão que lidar com as diferenças políticas e culturais que as separam, e é nesse ponto onde a produção consegue algum êxito: a postura defensiva e britânica da personagem de Chaistain em contraste com o modo ofensivo e ágil da agente vivida por Kruger são ingredientes que apimentam principalmente a primeira parte da narrativa. As quebras no ritmo frenético vêm pelo alívio cômico providenciados pela sempre ótima Penélope Cruz, que cai de paraquedas bem no meio de uma operação perigosa, onde sua habilidade com armas era nenhuma. No meio dessa ciranda, quem se destaca menos é Nyong'o, mas ainda sim é impossível ficar indiferente à presença da estrela quênio-mexicana.

É mesmo lamentável que um elenco como esse tenha se reunido por conta de um roteiro tão genérico e sem profundidade. Ainda que exista o pretexto do empoderamento feminino, o viés de todo contexto proposto no desenvolvimento acaba desvirtuando esse tipo de pensamento acerca da mulher presente em atividades geralmente executadas por homens. Outro ponto que desfavorece a produção é  a presença de um vilão sem qualquer carisma e que ainda se mostra previsível o bastante para estragar qualquer surpresa minimante relevante. 


Vale Ver Mas Nem Tanto!



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