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“Hotel Transilvânia 4 : Transformonstrão” garante risadas com inclusão, exageros e conflitos familiares | 2022

NOTA 7.0

Por Karina Massud @cinemassud 

Depois de encontrar o seu grande amor num cruzeiro de férias,- a ex-caçadora de monstros Erika Van Helsing -, Drácula decide se aposentar no aniversário de 125 anos do Hotel Transilvânia. No entanto ele desiste de passar a chave do lugar para sua filha  Mavis quando lembra que ele também será administrado pelo genro Johnny, de quem ele tem birra e implicância por ser humano. Aí a confusão começa quando o garoto apatetado vai pedir ajuda ao cientista Van Helsing, que com um raio de cristal o transforma em monstro, e os monstros da história em gente. É esse imbróglio que acompanhamos em “Hotel Transilvânia 4 : Transformonstrão”, lançado com exclusividade na Prime Video, e que apesar de já ser o quarto longa da franquia, ainda rende bastante entretenimento.

Essa jornada em busca do cristal mágico numa selva da América Latina  acaba por aproximar Johnny e Drac, agora em posições trocadas, o vampiro virou humano e o genro humano virou um monstrão. Isso faz com que ambos se entendam mutualmente, Drac mergulha na visão otimista e inclusiva do genro, e esse nos motivos da superproteção com a filha. É meus caros, não é nada fácil ser monstro muito menos ser gente, todos têm suas dificuldades na vida. Os monstros transformados em humanos e sua difícil adaptação como mortais são hilários: a Múmia, o Homem Invisível, Frankenstein, Lobisomen e o Geléia rendem piadas bobas mas que sempre funcionam. E claro, temos o protagonista Conde Drácula que não sabe viver sem seus poderes de força, super velocidade, hipnose e de congelar o tempo – ri muito com suas aventuras na selva levando picadas de mosquitos, mordidas de piranha e queimando marshmallows na fogueira.

O desenho é super colorido, a ação frenética e os monstros são deliciosamente exagerados, com muitas caras, bocas e olhões esbugalhados; os detalhes são bem nítidos na tela - fios de cabelo, lagos azuis, fagulhas de raios, a vegetação da selva e os cenários neo-hippies: tudo incrível de se ver e um dos atrativos irresistíveis da produção. 

A mensagem é da quebra de preconceitos bobos pautados em aparências; monstros, humanos, baixos, altos, negros, brancos ou amarelos – somos todos iguais e merecedores de respeito. A sensação de “não-pertencimento” de Johnny é tratada de forma leve, assim como os conflitos familiares, afinal de contas trata-se de uma comédia infantil. Monstros e humanos: cada um do seu jeito mas vivendo juntos e misturados. Há lugar pra todos em qualquer sociedade, e há sempre um lado positivo na maioria das situações adversas.

Humor e assuntos sérios são bem equilibrados e se completam em “Hotel Transilvânia 4”, que se não é tão original quanto a trilogia anterior, é suficiente para divertir tanto crianças quanto adultos. Merece ir pra lista “Animação pra ver com a Família”.


Vale Ver!




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