Adsense Cabeçalho

'Desencantada' – sequência da Disney é conto de fadas às avessas | 2022

NOTA 6.0

Por Karina Massud @cinemassud 

Depois de enfrentarem a bruxa má, as irmãs invejosas, a madrasta cruel, a maçã envenenada e todas as demais adversidades, a Princesa e o Príncipe Encantado dos contos de fadas ficam juntos e vão viver felizes para sempre. Mas e depois disso, o que acontece?  Em “Desencantada”, a princesa Giselle e seu amado Robert já estão casados e levando uma vida estável, vivendo em Nova York com a filha Morgan e a bebê que chegou; só que a realidade bate, eles mal conseguem dormir, a casa ficou pequena pra família e os problemas de uma grande metrópole estressam demais. A família decide então se mudar pruma cidadezinha do subúrbio em busca da felicidade perdida, uma ilusão da qual eles se dão conta logo na primeira semana, pois os problemas existem também lá, assim como também existem na cidade ou no reino mágico de Andalasia. 

Depois do excelente “Abracadabra 2”, a Disney aposta em mais uma sequência de um queridinho da “Sessão da Tarde”, e “Encantada” (2007) ganha sua continuação em “Desencantada”. Só que apenas o apelo nostálgico e o elenco de peso (Amy Adams, Patrick Dempsey, Maya Rudolph, dentre outros) não foram suficientes para cativar, nem que minimamente. 

O ótimo foco na impossibilidade do “felizes para sempre” é  desperdiçado na trama arrastada. A transição brusca de filme live-action pro desenho não acontece de forma mágica como no primeiro longa, apesar da qualidade da animação ser melhor. A produção como um todo é claramente de baixo orçamento, e isso é visível nos figurinos reaproveitados, sem muito luxo, e nos cenários que parecem casinhas de brinquedo baratas com muitas flores de plástico. O viés caricato das histórias encantadas garante o bom lado cômico do longa, com as frases de efeito dos personagens, os números musicais insistentes e sem nenhuma canção digna de nota, além  dos inúmeros animaizinhos da floresta ajudando nas tarefas domésticas.

Amy Adams, protagonista e também produtora do longa, apesar do imenso talento que a permite ir com perfeição da princesa boazinha à madrasta má em segundos, não consegue salvar o filme de ser um desastre até mesmo pros fãs do original. A atriz infelizmente vem de uma sequência de filmes que figuram entre os indicados ao Framboesa de Ouro (prêmio para os piores do cinema): “Era Uma Vez um Sonho”, “A Mulher na Janela”, “Querido Evan Hansen”; e agora “Desencantada”. As inevitáveis expectativas em relação a essa sequência foram por terra e ouso até fazer um trocadilho ruim dizendo que “Desencantada” desencanta todo e qualquer espectador, uma pena. 


Vale Ver Mas Nem Tanto!




Nenhum comentário