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'Meu Policial' : Harry Styles interpreta uma das pontas de um triângulo amoroso nos anos cinquenta | 2022

NOTA 6.0

Por Eduardo Machado @históriadecinema 

“Meu Policial” é o tipo de filme de época que é o grande produto de exportação do cinema britânico para o mundo. Adaptado do romance escrito por Bethan Roberts e dirigido por Michael Grandage tende a ser bastante visado, não só por seu melodrama, mas, por além disso, contar com a estrela pop Harry Styles no seu elenco.

O cenário é a cidade praiana de Brighton na Inglaterra. Naquele lugar, no final dos anos 1950, Tom (Harry Styles), um policial de modos contidos, conhece Marion (Emma Corrin), uma também tímida professora primária que sonha em se casar com o rapaz, o qual, no entanto, demora a tomar iniciativa. A questão é que, entre Tom e Marion, existe Patrick (David Dawson), alguém que representa muito mais do que um amigo para o policial. Todavia, em um contexto em que a homossexualidade era crime na Inglaterra, é certo que aquele romance não poderia subsistir.

O ressentimento de Marion, Tom e Patrick por um amor que deixou de ser vivido em sua plenitude é revivido 40 anos depois em cenas nas quais vemos os nossos protagonistas agora mais velhos. Eles são interpretados por Gina McKee, Linus Roache e Rupert Everett, respectivamente, todos bons atores, mas um tanto quanto diferentes fisicamente de seus intérpretes mais jovens, o que pode, de certa forma, contribuir para que se perca parte da química do triângulo amoroso.  

Um dos grandes pontos de incômodo do filme está em como ele suaviza a conduta de Patrick e Tom perante Marion, o que torna o filme complicado nesse sentido. Marion também toma atitudes moralmente questionáveis, mas o roteiro novamente passa o pano. Em contrapartida, o diretor opta por conceder um ar sempre triste ao filme, que segue um rito melancólico até o fim.

É uma história de tragédia, sim, mas, se é amor, os momentos felizes devem realmente valer à pena, o que não conseguimos ter certeza no filme. No mais, considerando que “O Segredo de Brokeback Mountain” chegou aos cinemas há quase 20 anos, não dá para esperar que a temática do amor gay impossível carregue o filme sozinho nas costas. O ano é 2022 e esperamos um brilho a mais que o filme deixa de oferecer. 


Vale Ver Mas Nem Tanto!



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